terça-feira, 6 de setembro de 2016

“Machismo também é terrorismo”, “O silêncio mata”, e “Pelo fim da violência, quebra o silêncio” foram algumas das palavras de ordem da 5ª Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que teve lugar no passado dia 25 de Novembro de 2015, dia em que se assinala o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, instituído há 16 anos pelas Nações Unidas.


O Terreiro do Paço foi o ponto de encontro, o ponto de partida da 5ª Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, que pouco depois das 18h partiria rumo ao Rossio




No mesmo dia, foi também realizada uma marcha pelo mesmo motivo mais a norte, em Coimbra, na Praça 8 de Maio, pelas 16h.


Junto à Estátua de D.José, na Praça do Comércio, estenderam-se os cartazes e trocaram-se ideias, antes de a marcha começar.


A marcha foi antecedida da representação cénica de episódios de violência doméstica por parte de vários jovens, junto à estátua de D. José, no centro da Praça do Comércio.


Um dos cartazes presentes na Marcha, evocando o fim da violência machista.

“O silêncio mata” foi uma das frases de ordem desta marcha, que tinha como principal objectivo levar todos a quebrar o silêncio, denunciar todos os casos de violência e, por conseguinte, resolver os mesmos. A Amnistia Internacional, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e a Plataforma Maria Capaz são quatro das quinze instituições que se associaram a esta associativa.


Esta iniciativa insere-se na campanha internacional “16 dias de Activismo contra a Violência de género”, que se realiza entre 25 de Novembro e 10 de Dezembro, e que acontece anualmente em mais de 140 países.




Maria Capaz, plataforma feminista que se associou a esta causa, representada na 5ª Marcha pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. Várias foram as figuras públicas que se associaram a esta causa e marcaram presença na marcha.




As várias instituições reunidas no Rossio, ponto de chegada da marcha, entre as quais a Maria Capaz e a UMAR. “Nem mais uma mulher assassinada”, lema defendido pelo Bloco de Esquerda, também presente na marcha, partido no qual o combate à violência contra as mulheres é uma das suas principais preocupações sociais. Este ano, já foram assassinadas às mãos dos maridos ou companheiros 27 mulheres. Menos 14 face ao mesmo período no ano passado, de acordo com os dados divulgados pelo Observatório de Mulheres Assassinadas.

Para além disso, no mesmo período de tempo, outras 33 mulheres foram vítimas de tentativa de homicídio, como revela a União de Mulheres Alternativa e Resposta.
“Neste 25 de Novembro, as organizações subscritoras convidam as demais organizações e toda a sociedade à ação pela Eliminação da Violência contra as Mulheres e a quebrar o silêncio em torno de todas as formas de violência. Porque juntas e juntos, quebramos o silêncio exigindo melhor justiça, mais oportunidades e a igualdade” Leitura do Manifesto por Rita Ferro Rodrigues, pode ser lido na integra aqui.

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